quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CRÔNICAS DO PROFESSOR AFFONSO SANTA ROSA

O IMPORTANTE É VOCÊ LER


          Durante debate recente e uma Universidade, nos Estados Unidos, o ex governador do Distrito Federal, Cristóvão Buarque, foi questionado sobre o que pensava  da internacionalização da Amazônia.  O jovem americano introduziu sua pergunta, dizendo que esperava a resposta de um humano e não de um brasileiro.  Segundo Cristóvão  foi a primeira vez que um  debatedor determinou a ética humana com o ponto de partida para sua resposta.
          “De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.  Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.  Como humanista , sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo  o mais que tem importância para a humanidade.”
          Se a Amazônia, sob a ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também   as reservas de petróleo do mundo inteiro.  O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.  Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
          Cada museu do  mundo é guardião  de belas peças produzidas pelo gênio humano.  Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio  natural amazônico seja manipulado destruído pelo  gosto de um proprietário  ou de um país.
          Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre.  Antes disso, aquele quadro deveria se internacionalizado.
          Eu acho que Nova York, como sede  das Nações Unidas, deve ser internacionalizada.  Pelo menos  Manhatam  deveria pertencer a toda a humanidade.  Assim como Paris, Veneza, Roma, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza  específica, sua historia do mundo , deveria pertencer ao mundo inteiro.
          Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas aos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.  Até porque, eles já demonstraram  que são capazes  de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes do que as lamentáveis  queimadas feita nas florestas do Brasil.
          Comecemos usando essa dívida para garantir que  cada criança do mundo  tenha possibilidade de  COMER  e de ir à escola.   Internacionalizemos  as crianças tratando-as todas elas , não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidado  do mundo inteiro. 
          Quando  os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo  como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão   que elas trabalhem  quando deveriam estudar,  que morram quando deveriam viver.  Como humanista, aceito defender  a internacionalização do mundo.  Mas, enquanto  o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa.  Só nossa!

sábado, 15 de outubro de 2011

CRÔNICAS DO PROFESSOR AFFONSO SANTA ROSA

EDUCAÇÃO

           Se procurássemos, em qualquer dicionário, o significado do verbo educar da 1ª conjugação, encontraríamos: ”Formar a inteligência, o coração  o espírito”. – Quer dizer, trocando em miúdos: “Educar globalmente o ser humano para a vida”.

          A própria escola ao educar, nos dias de hoje, deturpou o processo educacional, pois o que se aprende na escola é decorar as disciplinas, dado que é bom aluno educado, aquele que é aprovado no vestibular.  Daí os tablados das escolas privadas, provando que não às de maior nível educacional.  Por exemplo: Marina da Silva Alvarenga – 1º lugar em medicina na UFRJ.  Marina é ótima em geometria, geografia biologia, etc. Assim, Marina se transforma em profissional e nem sempre competente, pois a escola não ensina tudo, dá apenas um respaldo.
          A pergunta que é imperativa ao Poder Público que dita as regras e, principalmente à rede privada: educar é tão somente preparar profissionalmente?  Quem terá a obrigação de formar o caráter, a personalidade a honestidade, a ética, a estrutura familiar, portanto a sociedade?
          E a cidadania não existe?
         O Ministério da Educação, no lugar de colocarem cada escola um computador, que, naturalmente, é necessário, precisa, urgentemente, saber quem vai formar o espírito e o coração.  E a escola? E a família? Ou será o somatório da escola e da família.
          Quer dizer, chamamos a atenção, pois tudo está errado.  O quadro social é lamentável, os culpados são a escola e os pais. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

CRÔNICAS DO PROFESSOR AFFONSO SANTA ROSA

Lição de vida

          Com o passar do tempo, notamos como se torna dificultoso o entendimento, ou melhor dizendo, a convivência dos filhos com os pais.
          Desperta a nossa atenção e é até curioso, como os filhos ainda não se conscientizaram que o seu único e verdadeiro amigo, na vida, vêm a ser os pais.  Basta que se acrescente ser impossível existir um pai que não goste do seu filho, porém, ao inverso temos conhecimento.
          Por outro ângulo, patenteia-se que com a morte do pai, é que o filho passa a reconhecer, com consciência, o verdadeiro amigo, pai que teve durante toda a vida.
          Revendo a minha papelada, sem mais espaço para guardar e arquivar, encontrei um pequeno recorte falando da convivência dos pais com os filhos, escrito por um desconhecido, entretanto, entendi ser a expressão da verdade.
          Gostaria, no entanto, que alguém que passasse os olhos pela minha crônica que meditasse sobre o assunto, ora enfocado.
          Quando estamos com a idade de sete anos, entendemos que  nosso pai é herói, sabe tudo, e aos doze anos ele e legal, sabe tudo.
          O tempo se foi e chegamos aos dezessete anos e o nosso entendimento começa a se transformar: papai precisa se reciclar, evoluir, está ultrapassado.
          É interessante, chegando a idade do amadurecimento, o reconhecimento aumenta.
          Aos vinte e dois anos os filhos acham que os pais nada tem a ver com eles e não os entendem, ficando mais difícil o relacionamento.
          Vamos envelhecendo e já aos vinte e seis, percebemos que papai não está com nada, totalmente por fora.
          É triste o quadro quando as coisas ficam mais pretas e escurecem o amor entre os pais e filhos.
          Na balança da vida, aos trinta e cinco anos, os filhos passam a compreender que o pai tinha razão em alguma coisa.
          Observa-se que é necessário que aconteça o caminho da velhice para nascer o amadurecimento tardio dos filhos com os pais.
          Ao entrar nos quarenta e cinco anos, percebem que o seu pai conhecia bem a vida.
          Vejam só, o filho ao entrar nos cinqüenta e seis anos, quando passa a reconhecer que seu pai era sábio, com que idade estará o seu pai? Será que estará vivo, para ter o carinho e para levá-lo a morte.  É tarde de mais, poderia, diz o filho, ter aproveitado melhor o meu pai.
          A lição é uma só: Os filhos precisam ter mais sentimento, mais inteligência, mais amor, ler mais, amar mais.  Você naturalmente esqueceu que amanhã será pai.






segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CRÔNICAS DO PROFESSOR AFFONSO SANTA ROSA

Saudade do passado

         Quando começamos a envelhecer, iniciamos, também, o processo da saudade, dos tempos idos das lembranças. É sinal , talvez, que estejamos dando passos para o que chamam de eternidade.
          A idade vai chegando, passamos a meditar mais, parece até que estamos no advento de um outro mundo.
          Há anos, por volta de 1972, lancei, no Rio de Janeiro, um livro na livraria São José, no Rio de Janeiro, chamado “O Artesão” (experiência Poética) e acabei pinsando o poema “Infância” que me leva ao passado e tenho a certeza que os da minha época sentirão também um aperto no peito.

INFÂNCIA
Na memória os tempos da infância.
As manhãs na minha casa, mamãe no Canto da cozinha e o fogo abanando,
Nosso quintal tão bem varrido,
O mamoeiro proporcionava alegria a mim e aos passarinhos.

Lembro também do meu pai,
Livro e mais livro sob o braço,
Atendendo às suas aulas,
Na casa velha transformada em colégio,
Onde poucos sôfregos corriam a estudar.
A alvorada de sanhaçus nas figueiras.
E no fim do entardecer
Meu avô, como o vejo na butica,
A atender sem cessar,
Farmacêutico e médico do povo.

Lembro-me ainda do meu avô,
Já sentindo o tempo,
Preparando lá no fundo,
Xaropadas-Invenções curativas,
Para sanar a dor e o infortúnio.

Da morte do meu avô, presente na memória,
Morreu de tanto atender à dor,
Dor de todos, dor da vida.
Não me lembro de mais nada.

Será que é bom sentir saudades?





sábado, 17 de setembro de 2011

CRÔNICAS DO PROFESSOR AFFONSO SANTA ROSA

ÉTICA



          Como sabemos o vocábulo ÉTICA tem o seu nascedouro no grego (ETHIKE), que vem a ser parte da Filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana.  Na verdade e em resumo, é a maneira como se conduz o homem que na sua profissão, no seio da família, no global da sociedade e, de maneira especial, o comportamento ético de homem público.
          Faz alguns dias, que o Governo Federal criou o código de ética para funcionários, comprovando que é preciso baixar norma legal para obrigar o homem público a ter regra no Tratado da "República ".
Notamos a ler o Código, que ele é severo, contém vinte artigos e alguns chamam a nossa atenção.  Como amostragem:
          Obrigatoriedade de registrar reuniões em agendas. 
          Fiscalização periódica do Conselho de Ética.
          Não podem receber presentes que custem mais de   
          $100,00.
          Não pode ter um segundo emprego.
          Proibição de "lobby".
          Declaração de renda e patrimônios por funcionários.
          Proibição de recebimentos de presentes, patricipação  
          em jantares ou viagens pagas por empresa.
          De tudo que registramos do Código de Ética, despertou mais ainda a nossa atenção a seguinte passagem:"As audiêncas junto a autoridades terão que ser feitas diretamnte pelas empresas privadas e associações de classes interessadas.  O interessado deverá informar o tema do enconto e apresentar uma lista dos participantes.  As audiências deverão ser acompanhaas por um servidor ou por um militar."
          Chamamos a atenção para o despropósito da obrigatoriedade, por escrito, em forma de lei, do dirigente público praticar a ética.  Quer dizer que ética é matéria de Lei ou um princípio moral inerente à educação da criatura humana.



terça-feira, 6 de setembro de 2011

MEMÓRIA CABOFRIENSE

Major Henrique de Niemayer Bellegarde



                O aniversário de Cabo Frio, que se aproxima, pois a nossa ciadade, completará quase 400 anos.  Assim é importante ao, mesmo tempo, que se tome conecimento da figura mis ilustre da nossa terra, o Major Henrique Luiz de Niemayer Bellegarde e que se reverencie a sua memória.
                 Nascido em Lisboa chegou ao Brasil em companhia de seu pai juntamente com a família real.
                 Em 1810, o Capitão Cândido Norberto Jorge Bellegarde pai de Henrique Luiz, faleceu e então Dom Pedro mandou que Pedro de Alcântara e Hennrique Luiz seguissem o estudo da matemática na Escola Militar de Rio de Janeiro.
                 Foi promovido a 1º Tenente, em 1820, e em seguida, o capitão-ajudante do Governador Moçambique,retornando, então,
posteriormente a Cabo Frio.
                  Em 1828, foi promovido a Major Engenheiro e, em 1831, publicou o Resuma da História do Brail, com duas edições.
Foi destacado e seguiu para Cabo Frio, onde dirigiu a construção do Farol do Cabo e o Projeto Cabo Frio.  Construiu a ponte de ferro, hoje Feliciano Sodré, sendo que os pegões da mencionada obra foram feitos às suas expensas.
                   O desenvolvimento a nossa terra, continuou pelas mãos o Major Bellegarde, passando a construir os canais de cacimbas do Ururahy e de Maricá.  Os projetos de arruamento de Cabo Frio e de Macaé foram concretizados pelo Major.
                 Foi o fundador da Irmandade de Santa Isabel .  Construiu,no ao de 1837, a casa de Caridade (Charitas) que durante muito tempo abrigou os órfãos desamparados e também dava assistência aos irmãos da Irmandade de Santa Isabel.
                   Contam os biógrafos que o Major sacrificou a sua saúde, ao dsenvolvimeto de Cabo Frio e, assim, premarutamente, aos 37 anos,veio a falecer de febre perniciosa, em 21 de janeiro de 1839, estando sepultado no cemitério de Santa Isabel.
                    Durante longo tempo, a figura ilustre do Major Bellegarde viveu no esquecimento, quando em 1996, o Poder Executivo, sob a Presidência do Vereador Acyr Rocha, instituiu a Medalha Major Bellegarde. 

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

CRONICA DO PROFESSOR AFONSO SANTA ROSA

  1. Cultura nao é brincadeira



                A Secretaria Estadual de Cultura procedeu a levantamento, verificando o peso do setor cultural da economia do Rio de Janeiro.
                O levantamento tornou-se importante e, ao mesmo tempo, despertou a minha curiosidade, considerando-se a cultura como atividade econômica, quando entendia-se que se tratava de um luxo das classes elitistas.
                Revelou, no entanto, a pesquisa se no plano nacional, a cultura responde por uma fatia equivalente a 1% do PIB ( Produto Interno Bruto ), quando se trata do Rio de Janeiro esse posicionamento é de 3,8%, superando os setores como: transporte, telecomunicação e energia elétrica.
              Quando se trata de Cabo Frio, cidade histórica, com passado cultural, poderá  alavancar a nossa economia, como acontece com os dados do Rio de Janeiro.
              O levantamento em tela apresenta outras informações preciosas: R$10 bilhões gerados pela economia da cultura de PIB nacional, mais da metade, R$5,1 seria um produto do que acontece no Rio de Jaeiro.
               Deduz-se, pela estatística, que o Rio e Janeiro é o maior polo cultral do país, não só no quantitativo, como também em imagem e repercussão.
              Leve-se em considração que a cultura se agiganta, ainda na base da improvisação e do amadorismo.  Vamos imaginar então se planejarmos, persistirmos e, principalmente, se o Poder Púbico traçar uma ponte de consciência entre o dirigente, com alguma cutura pelo menos ou entendimento cultural e sabendo-se da importância do setor para a economia.
               Ficou fácil compreender e entender a presença da cultura, a sua expressão e importância no PIB da nossa economia.
              Urge na verdade, que se mude o enfoque, lendo mais e considerando que a cultura nâo é um luxo de elites e nem bandeirolas eneitando os pátios das escolas.